quarta-feira, 22 de maio de 2013

Nenhum Sonho

“E as cartas coloridas se desviaram e desintegraram nas tuas mãos molhadas, e como engoliu as dores, passando pelas flores que mancham as calçadas, sem ver as arvores e os pássaros. Chora o poeta no canto da praça, no banco de cimento, chora por dentro, por chorar, pois motivos há para sorrir, mas chora porque sente que da felicidade surge tristeza, e confunde a beleza de um olhar com luminosas inquietações, vendo carregar, as formigas, as folhas das flores na calçada, do buquê que trouxe para você, no verão passado. Ainda estou parado naquela estação, e contemplo a imensidão deste lugar, e eu pequeno dentro de mim prefiro meu interior, pois assim estou, sabendo que da vida só nos resta esperar, o fim, enfim o poeta se levanta, enxuga as lagrimas, chuta as flores, e sai correndo, para onde, Deus sabe, talvez, chorar suas magoas longe daquela praça, onde ninguém mais possa ver.”
“Gravei em torno das faíscas dos meus pensamentos teu falar tranqüilo, e enquanto andava solto pelo tempo,me refiz intenso, portando pedras preciosas nas lições que aprendi. E recordei de quanto chorei, e me maltratei, em musicas e frases, das jóias do teu coração, pois me alegra a calmaria, e me desconcentra o frio, sendo certo, de todas as coisas que aprendi, descobri que aprender é sempre incompletude, e de tudo que sei, são, de certo, a vontade que guardei de abraçar teu corpo a mil, na pressa dos horizontes de qualquer cidadezinha do interior”

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