terça-feira, 4 de junho de 2013

Partindo

Não vou compreender os espaços vazios e as palavras não ditas, os sumiços inesperados, e injustificados. Não por não querer, mas por não poder debruçar na janela e escrever poemas de amor, sem que o vento leve o papel, sem que a lágrima borre a letra primeira, sem que eu queria me proteger do frio, fechando a cortina, deitando como feto, e me cobrindo, estando sozinho, em qualquer fazenda beira colina no sul do país.

Não temos força pra continuar quando o caminho é longo, alias, quando não queremos continuar, construiremos casas ao longe desse caminho, para que não precisemos chegar ao final, afinal qualquer lugar pode ser onde a gente quer chegar, e todo meio pode ser o final, se assim quisermos.


Por fim, farei minhas canções, acharei bonitas, e esquecerei como se canta, mais na frente as lerei e direi "Não sabia que podia fazer algo tão bonito" E assim vai-se a vida, esquecendo do que passou e revivendo novamente, como se fosse a primeira vez.

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