segunda-feira, 17 de abril de 2017

Na vida, Na caSINHA.

Quando a tarde parece tão vazia quando a casa, quando o sol entra manso pela metade da porta aberta e eu tenho essa descoberta que aqui dentro o vazio é cheio de alguma coisa.
E esse aperto que incomoda me faz perder o gosto da comida, me faz sentir que a vida está andando pelo rumo contrário, sentido que falta alguma coisa.
E todas as palavras sem sentido que sentem que desperdiço tempo e poesia, com bobagens e distâncias incompreensíveis, dilatando escritas e cartas pueris, querendo dizer sabe-se-lá o que. 
Só assim então para eu me aliviar, desde que teu cheiro não encontre meu paladar e que teu retrato não amarele com o tempo, quando eu me engano pouco e estranho do sorriso fraco fingindo chorar.
Fazendo gestos de longe dizendo "não", se esconde, ele está prestes a chegar, fechando os olhos com a dor profunda, orando e só dizendo "quero te abraçar".
Talvez isso porque é tudo muito estranho e impiedoso. Quando começamos a nos perder? e não fosse todo esse chão poderíamos discutir melhor o que aconteceu, quem sabe até nada resolver, mas ainda assim fim de lua na beira da cancela sabia que o sentimento era verdadeiro, por mais que no derradeiro dia do mês de maio eu me atraso e me atraio por bebida de beira de estrada.
Por mais que seja pouco, a gente canta rouco o melhor timbre para despedida, um sol qualquer, desafinado e fora do tempo, e você perdida no pensamento, onde eu estaria...
E eu cheio de palavras prontas te deixei tonta, com a certeza que tudo isso é passageiro, ou sei lá, ninguém me disse o jeito certo de viver, pior que isso, nunca me disse o jeito certo de errar.

Falta eu explicar o que não te expliquei, mas sei que TUDO ISSO é concreto, não sabendo o que é digo, deve ser alguma coisa.

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