segunda-feira, 10 de abril de 2017

Limão e lembranças.

Olha esse barulho e esse vento, algo de estranho e perturbador por dentro. Sinto minha solidão me fazer companhia e desejar ir embora.
E não virá na próxima semana, como não veio na semana que passou, o copo sob a mesa, sobre as coisas que eu jamais gostaria de conversar; a poesia me salvou nesse dia.
O lapso de loucura e liberdade e o nosso apego infantil ao passado e esse medo, bobo, do futuro disso tudo o que é menos real e coerente é sempre o próprio presente.

Vou continuar meus passos, talvez não no meu caminho, olhando o portão entreaberto esperando sua entrada, nesse sol forte, nesse calor intenso, que não explica esse frio que tenho por dentro, que em nenhum momento tem explicação; a poesia me salvou essa semana.
Como eu vou viver com esse aperto no peito pro resto da vida, se cada despedida minha é uma dor passiva, aquela que aparece no meio do sorriso de sábado a tarde,

Quando pensar em mim me avise que, olha o quanto é cruel toda essa situação, gente andando na rua de cabeça baixa, com o coração doendo sabe-se-lá o porquê, e eu tentando entender essa dificuldade de esquecer; esse mês a poesia me salvou.

Agora que eu desconheço descalço o sabor amargo dessa noite distante e calada.
As coisas não são tão simples, há um mundo lá fora e um universo aqui dentro, por isso prefiro o tempo passar, sei machuca enquanto puder, mas se é assim que deve ser, melhor seria como quisermos, mas que confusão essa de não saber como as coisas acontecerão, espero que dê tudo certo e que tudo de errado seja esquecido, daqui pra frente ou até essa distância se conformar. Esse ano a poesia me salvará.


Por essas e outras que eu prefiro não reagir no calor do frio da madrugada, quando a gente tem a certeza que tudo que diz pode criar uma mágoa enorme num coração frágil ou pior, fazer todos os bons momentos serem motivos para lágrimas, bom, a gente pensa duas vezes. Quanto mais a vida passa, e esse medo cresce, eu queria dizer, tudo bem que entre lágrimas e choro, que eu não tenho culpa de nada, queria ser diferente, mas agora, sou igual, a mim mesmo quando estou sozinho, e daqui pra frente, e em cada despedida, Espero que a poesia salve a minha vida

Nenhum comentário:

Postar um comentário