sexta-feira, 7 de julho de 2017

Quando partiu sem direção

Não compreendia o fim da dor como o fim do existir, não via nas pessoas nada que me alegrasse e sabia que a chave de todo esse conflito de tristeza era eu.
Só cabia a mim decidir, não queria te afastar você estando perto, e em cada triste despedida, me doía ser eu por toda minha vida.
Em outros tempos eu era infeliz, desse mesmo jeito, só que não admitia.
E eu contei tudo, disse tudo que meu corpo desnudo e minha alma sórdida quis e podiam dizer.
Até as dores mais incompreensíveis, e eu resolvi fugir, para encontrar meu caminho e contar que me perdi várias vezes, mas alguém já está dormindo em silêncio, despreocupado, trabalho cedo no outro dia, ao teu lado, besteira, só queria dizer que fiz o que podia, o que devia, o que prometi e nunca deveria ter feito.
Agora olho para os quatro cantos do quarto com olhos cheios de lágrimas procurando uma solução para tudo que eu criei de problemas, vai ver que a vida não respeita certos momentos da nossa vida.

Mas há um gosto de gim na sua boca, já conhece o mundo por outros olhos, mesmo deixando de vir todo fim de mês para seu mundo, a destino vagabundo, pra ver o sol menos forte na ponta das montanhas.

Tudo bem, era de se esperar, pra quem tem um olhar profundo e opaco qualquer luz solar incomoda as vistas.

Mas não há fim para o que a gente traz no peito, por isso faça as coisas por você, que pelos outros a gente só pode fazer falta.

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