quinta-feira, 24 de agosto de 2017

NEOQEAV

Passei pela morada dos teus olhos, como encontro matinal em calçada terna. Te desejei boa sorte, como velho amigo que deseja uma longa conversa. Não procurei rimas no meio dia, nem fantasias durante a noite, foi consciente-tal qual esse bole de vinho- que, incoerente ou não, tive nos anos da juventude controle, fugaz, de toda a minha vida. Como a gente erra quando não sabe que os erros são tão nocivos, e hoje temos noção, mas agora não adianta mais.
Diamantes e delírios fazem com que o céu pesado desabe nos escombros das nossas memórias, lágrimas como portais que abrem as portas das mais inacreditáveis saudades. Quando criança tudo fazia um sentido que não precisávamos explicar, pois, claro, já fazia sentido. Hoje, até as coisas óbvios, nos derrubam sem sentido, pois é, sem sentido algum.
Cartas e convites jogados na caixa de correio, aquela casa enorme, como afronta as demais, aquele teu parente que se ausenta em todas as presenças.
Já pensou se tudo fosse mentira? E ainda fosse meio dia, e tua blusa branca em frente ao espelho do banheiro te apertava a cabeça na hora de vestir. Pensou por um minuto  aquele restaurante de primeiro andar ainda tivesse aquele simpático garçom? Ou então, se você se lembrasse da velha brincadeira do NEOQEAV...Que cruel... Que cruel...

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