sábado, 28 de outubro de 2017

Cavaleiro negro.

Um pacto ou um ensaio, com o diabo ou Nostradamus, todos cegos sem saber para onde vamos, romeiros sem dúvidas e certezas, numa corrente de oração. Viajantes perdidos olhando o horizonte fervendo, tremendo de medo, frio e solidão, uma multidão de gente solitária e sozinha, fazendo gracinha com a TV, para fingir esquecer que há algo de estranho no fim da procissão.

Alcateia de amaldiçoados, pobres desgraçados sem inspiração, tomando quedas quando acha que já cheirava o céu, fazendo escarcéu com o pior das horas semanais. Beijando bestas e animais para fazer sacrifícios involuntários, alguns mais afoitos; otários, outros menos acurados; retardados, mais de maio, mesas e mezaninos, enforcando deuses e meninos, crucificando selas e cavalos, montarias que nos levam para eternidade, tudo isso é vaidade de chegar a certa idade e achar que pode se salvar.


Quando menos se espera, um se retira, vai embora sem dizer adeus, esperando em Deus ou  de um ateu respeito e afago, atirado no profundo dessa lição dada. Vamos reformar nossa alma, para ter um muro que torne impossível ver além da gente mesmo, precisamos acorrentar nossa lógica, criar uma história mais bem contada, queremos ser menos racionais, clarividentes e esperançosos, devíamos ler menos, aprender menos e se possível, esquecer que existimos.


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