terça-feira, 20 de agosto de 2019

O nome do teu apartamento

Não se apaga da memória um amor que só foi canção, esse céu é tão lindo, pesado e visível ao chão. Não tenho vergonha de ser poeta, nem de cometer erros.
Não consigo andar por sobre águas profundas, e não confunda medo com falta de fé.
Sim, assim eu tinha a verdade nos meus olhos e meu medo no olhar. Mas há tanto tempo que o silêncio é quieto, há intermináveis dias os dias insistem em não terminar.

Agora, nesse mesmo instante, um grito ecoa dentro do vazio de nossas almas, por mais que minhas palavras não atinjam o céu do sul ou claridade do norte; conheço teu peito, sei do que sente, se é o mesmo que sinto.


Não se agarra na hipótese, de esperar a morte rogando que a sorte nos encontre por ai.
Não quero ter palavras prontas pra situações que eu jamais esperava.
Não  sou simetria e coerência, mas a minha crença é que se tudo deixar de existir eu ainda estarei aqui, e a isso se dá o nome de fé.
Sim, somos nós pecadores e medíocres, jogados no chão com bebida e cigarro, com sua dor no peito no passo, olhando pro céu no refrão e quando a música termina, pro chão.


Agora, por um instante, eu ouço tua voz, tão longe, tão fraca... justo agora que eu não tinha forças pra levantar, mas sei que já sente o infinito chegar, porque eu sei que exatamente o que sinto.

Um comentário:

  1. O medo está deixando de nos visitar e a felicidade, feliz por entrar e prevalecer
    Sinto isso porque eu sei que você sente o mesmo
    Não irei deixar que minha voz enfraqueça e não seja o seu primeiro pensamento ao amanhecer
    Não quero regar seu jardim com lágrimas ao ver você partir,
    Quero sentir florescer mais ainda a evidência do seu sentimento verdadeiro.
    E assim, vamos esquecendo as possibilidades de vier a calhar nosso lado pecador
    E assim, nas chuvas de verão terei o seu amor para me reascender.
    O amor vence, o nosso amor vai vencer.

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