sábado, 6 de junho de 2015

Aleia.

Não verei novamente o brilho dourado crescer, errar meu nome e ter consciência das palavras.
Não serei estritamente errante, pois o entardecer nunca soube das providências divinas.
Também não mostrarei fraqueza, pois o olhar sereno  é o esconderijo dos pensamentos angustiantes.
Olhe, como parece ser terra, pedra e granizo, perceba como o reflexo dá as costas sem olhar para trás.
Segure nas minhas mãos, se cure dessa inquietação, não me protejo do frio quando sinto que por dentro deveria ter mais poesia que inspiração.
Não terei certamente a certeza de que tudo pode ser transferidos ao papel, por isso controlo as luzes e as marquises, infantis perdedores de perolas e pergaminhos, que te alucinam os olhos e fazem mudar o contentamento.
E quando adormecido, rodeado por anjos, nos últimos penares, nos derradeiros olhares, o cheiro forte de urina e fezes, ferirem meu corpo, farei promessas e promessas, pedirei perdidos e pedidos, aquietem-se, eu não sou desse meio, pois quando chegaria ao 'gran finale', com a frase que marcaria minha vida, eu simplesmente fechei os olhos e me fui...  

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