segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Na certeza de um amor...

Júlia acordou cedo na manhã de terça, cheia de nervos a flor da pele descansou mais do que devia, ela precisou calçar rápido os sapatos para não lembrar do passado, na verdade, hoje não doía mais tanto, mas a lembrança fazia fisgar uma pontada no coração...
Como de costume, fez sua refeição seguindo os conselhos da mãe, é que cidade grande lhe enche o saco, às vezes, mas toda essa correria lhe faz sentir-se útil, pronto, notas mentais prontas para mais um dia, fez sua mãe feliz com outro pedaço de torrada e suco, maça mordida pela metade, nada mais atrapalha, agora, seu crescimento de morar sozinha.

Saiu do prédio que morava e se deparou com a correria de ônibus e micros, pessoas e micos, enfim, era aquele terror de não mais acordar com o namorado batendo na porta para tomar sorvete na velha pracinha, agora não era mais mocinha, agora é mulher, diga-se de passagem, sozinha. O que fazer? Júlia não sabia bem, e como, mais uma vez, de costume, colocou o fone de ouvido na sua música preferida, e enquanto Marcelo Camelo gritava perfeitamente seu nome, ela pagava o cobrador do ônibus, que cantarolava a música junto com ela, mas sem tirar o olho atento das moedas...

Fez questão de se jogar no banco de plastico exatamente como fazia, quando chegava cansada do colégio e queria assistir algo na TV da sala da casa da sua mãe, jogando a mochila no sofá, jogando o tênis no meio da casa, "Que saco essa vida feliz", e de repente ouvi "Tira essa mochila do banco" por um minuto insano viu na figura daquela estressada senhora, sua mãe dizendo o mesmo com seus pertences pela casa. E o irmão chato era o menino do banco da frente que chorava sem parar, atrapalhando a última passada dela na matéria dificil...

Na parte da música que dizia "Sei que você já não quer meu amor" ela adormeceu, o menino do lado rasgou o caderno na parte mais importante da matéria, a velha senhora, antipatica, pisou na sua mochila que caiu no chão, o cobrador não a acordou, ela passou do lugar que devia descer, "Droga, agora minha família é o mundo, e a outra era bem mais legal"

Pensou em ligar pra mãe, pra seu ex, pra seu atual, pra seu futuro, mas estava ocupada demais, e não queria incomodar, tratou de desligar a voz de Marcelo, decidiu desligar o celular, para não cair na tentação de ligar, e parecer fraca, percebeu que seu celular estava descarregando, um ultimo ponto de bateria, um ultimo apito, mesangem de texto, abriu pra ler... leu "EU TE AMO..."  quando desceu para ver o nome do remetente, "BATERIA BAIXA" o aparelho apagou de vez, guardou na bolsa com marcas de Sapatilhas 36 da velha senhora, e passo a passo entrou para sala de aula...



Pensei em começar a escrever uma história, talvez faça, talvez não, se gostarem posso tentar, se não? Partimos pra frente.!!!  abraço ( escrevam nos comentários se querem que continue) ^^


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