quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Tempo, desperdício e conclusão.

Já havia silêncio, um dia inteiro perdido e parado. Era um encontro desesperado entre a sede, o sono e a solidão.
Não cumpri minha promessa, na cumprida avenida de pedras, desabei em choro, chuva e saudade.
Eram tantas coisas ditas que a verdade ficou em segundo plano, e a história deu lugar ao futuro.
Pobre diabo de nós, corrente de pessoas sem sentimentos e vontade, interpretando a inércia como desmerecimento e esquecimento, fazendo falir o arrependimento como algo que não vale a pena, fazendo cena, toda hora, pra quem não quer sorrir.

Quando era barulho eu me espalhava, cobria e cortava o espaço, era dono e palhaço, até que o tempo me fez aquietar.
Fazia todo sentido, de lua a qualquer sol, eu podia brilhar e me sentir melhor, precisava disso para me suportar.
Hoje nem tanto, se é só de amargura que minhas palavras sobrevivem, me culpo e no outro dia sigo em frente, não me arrependo, mas não quer dizer que não aprendo, é só que a consciência gente só adquire depois, não bastava o sentimento, era muito melhor ter ego, a plateia sorria, mas sempre ia embora.

Só me sobrou gritar ao lado da construção, a tenda desmontada e eu exausto, com um último suspiro eu sobrevivi, me arrependi! MUITO e de fato, era melhor ter ficado calado, mas agora nem importa, se disse o que queria, e o que quero, nem me desespero, desprezo também é forma de mostrar amor.
Por isso absorvo com paciência e pensamento, para que, com o passar do tempo, eu possa saber me entender comigo lidar.

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