domingo, 4 de dezembro de 2016

Se houver motivo.

A primeira frase termina com depois que me for.
Mas não vejo a cidade embaçada, pelas lágrimas dos meus olhos.
Veja, meu bem, o sol está quente, os pássaros estão voando lá fora, e você deveria estar aqui dentro.
Talvez essa minha insensatez de ir embora sempre que guarnece inverno, é pretexto pra não querer dizer que já te tenho dentro do peito como as flores e ventos tem algo em comum.
Queria poder ter dizer que tenho medo da morte e que isso me faria te dizer agora tudo que passa pelo meu estranho coração, mas eu ando ocupado com a vida, ando me distraindo com distrações que não me deixam esquecer esse aperto no peito.
Acho que já vivi o suficiente, acho que já senti tanta coisa.
Escrevi minha vida na palma da tua mão, como um recado rápido de "passa lá em casa".
Teu calcanhar sai da água, como tudo aconteceu não tenho do que reclamar.
E vai ser uma despedida até que tudo se resolva por si só.
Para os presentes e os que até aqui se esforçaram, não chorem em despedida de tempo.

Vou cacular a saudade em horas, para que o solidão dure mais ou menos minuto, para ver se em teu oceano é pacífico.

Pra falar da nossa distância escolhida, preciso ser covarde. Pra falar que não há culpa em nada que nós fizemos e descobrir que mesmo assim queremos pedir desculpas.
Não tenho como dizer que fugir seria melhor que fingir, mas todo poema é de despedida.
E eu estou indo embora, aos que sentirão falta, peço perdão por despertar tanto sentimento, desatento fui tecendo minha vida na alma de certo dias.

Mas o meu amor vai florescer calado até que desabroche flor e morra em tarde de outubro, em sentinela primavera, aos quarenta e poucos anos, arrependido de ter se deitado com outros, despedaçado por ter mentido, lido livros e ido para longe.

Mas meu peito turmalina, pulsante mais que o coração  pequeno e escondido no interior dos teus olhos.

Porém teu céu e tua voz, isso tudo de exatamente não saber o que fazer amanhã. E quando a vontade de vir falar for de certo a certeza que não há como, tudo está fechado.

Vem caindo lágrimas pelos meus olhos, esbarram em sorriso estranho, castanho de teus olhos no chão molhar, os pingos e praças. ESTOU PERDIDO, ESTOU SEM SENTIDO, VEJO TODOS E NÃO VEJO NADA.
E quão grande é um ser humano que arde amor e dor, tanta coisa em um peito só, e vive chorando com medo de chorar, e chora porque queria era sorrir, como somos fracos e frágeis, desregulados, tudo nos abala e nos afeta, mas vou e vamos viver, talvez um dia isso passe, talvez encontre o rumo, que agora o destino está procurando algo para  fazer, enquanto eu procuro esquecer o que já nem lembro mais.

 Por fim, e se você já leu até aqui, merece saber, que decidi parar de escrever aqui. SIM, DE NOVO  "que saco", mas já deu. As poesias aqui já cumpriram sua missão, estarão aqui PARA SEMPRE, um dia será esquecido no limbo da internet, mas eu sei que cumpriu sua missão. Não há motivo concreto, apenas decidi, agradeço a vocês anônimos e explícitos, por todos esses anos de companhia, discussões, brigas e etc.

Espero que tenham vivo tudo que foi escrito aqui, foi tudo carregado de sentimento e poesia, mesmo eu não sendo um poeta, mas tentei expressar da melhor maneira possível.

A verdade? Sim! gostaria de saber quem são todos os anônimos, mas admito que perderia seu charme, e até gosto rsrsrs... Só que agora começa uma nova fase deste blog, o de viver sozinho
Confesso que queria esperar chegar até aos 50.000, mas sei que vai chegar!

Pois é meus caros amigos, e por que não, LEITORES!

FORAM ANOS INCRÍVEIS!!


Adeus, enquanto houver despedida.







4 comentários:

  1. Temo que dessa vez não haverá retorno

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  2. Pq excluir a declaração ?

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    1. Não houve declaração nenhuma, apenas reafirmação de amizade, decidi retirar, por motivos que só a mim interessam ^^. beijos

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