sexta-feira, 15 de julho de 2016

3:00AM

Palavras soltas que saem da tua boca, tua presença e teu espírito tudo isso é sem explicação.
Estava aqui diante a porta, toda semana, após dia e após semanas, quando o primeiro trovão bateu na tua casa e eu fui o abraço em dia de tempestade, mas vejo que os sons que fazem minha voz não são os mesmos sons que chegam aos teus ouvidos.
E a poesia é a única forma de dizer toda a verdade, sem dizer exatamente desse jeito assim.
Mas o silêncio é a melhor poesia, o tempo é o melhor lição, pois cedo ou tarde os pássaros retornam do inverno.
Não é lamentação nem orgulho ferido, não é sequer arrependimento ou alegação, só consternação e falta de palavra pra definir.
Quantas vezes se perguntou que rumo tomou? E quais destas vezes soube que rumo tomar?
Não se preocupe, todos nós nos sentimos assim um dia.
Duro é achar que nada vai mudar, duro é seguir em frente sabendo que deixou tudo para trás, difícil é reconhecer que as coisas estão convergindo para infinitos e você nada pode fazer.
Mas não se lamente, nem encare tudo com tanta tristeza, contemple a vida passar, pessoas crescerem, saiba que para todo mundo é assim, aliás, você sabe, mas assim como eu, prefere -em noites que te acordas de madrugada com o coração acelerado de medo- fingir que está tudo bem.

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