quarta-feira, 5 de outubro de 2016

As músicas dos pelegrinos

Cavernas e tormentas, são os dias e as dores dos homens.
Pois não se querem ver os terrores dos olhos e dos precipícios. O poder que tem um sorriso de acabar com a alegria.
Não vejo vultos ou virtudes, folhas na copa da cerejeira, março mal contado, abandona o som quando nada se ouve. A falácia de ferir-se feito um sem rumo que procura o que nem sequer sabe.
Se teu corpo com vento balança, se não se ergues em força própria... bobagem, tudo se limita e imita os males do esquecer.
É verdade, se tão próximo a felicidade o ardor, que fugia em rumo estreito, quando amparei estrelas pelo céu nublado, mas o azul profundo do mar nos envolve, mesmo que o sol brilhe solto lá em cima, onde de cá não podemos ver estrelas, sequer do mar.
Se sorri, sem sombra de dúvidas, se fingi penar, sem a alegria disfarçar, pode ser que sim, manobrar-se em euforia, com toda a insensatez que parece, te deixar com as preces e os aplausos, se vai quando nada de bom na mente te vem, mas tudo bem, de nada se espera dos que nada reconhecem.
Mas nos pequenos detalhes a mudança, há mudança, os ventos e as vertigens nos abraçam em campo aberto, nos despedaçam próprios e prontos. Você sempre comete os mesmo erros, buscando sempre os mesmos acertos, mas quando ignora seus arrependimentos, terá sempre um para deixar o barco seguir sozinho maré adentro.
Não são covardes nem aproveitadores, seguiram seu clico de pessoas pequenas, fizeram de tua lembrança, ancora e arena, lutaram seus medos em teu campo de batalham, venceram e fizeram sangrar em teu terreno, para que pudessem voar, para onde forem ou façam sentido, e te sobra, não entender o que se passou, mas imaginar o que virá.

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