domingo, 9 de outubro de 2016

Carta e chocolates.

Rosa torpeza e púrpura pintada de asfalto e melancolia. 
Credora dos tempos e das horas que demoram de passar.
Faminta de alqueires, comemorando o fim do dia.
Veneza viva de alguns vinténs, forçando a barra do vai e vem.
Quando mais alcança a graça, mais praças e pedágios a lamentar.
Por dentro dos tapetes e cosmos teu rótulo de não saber o ninguém.

Varreu o décimo dia dado aos anjos, seguidores da divindade.
Dizendo assim que acabar a velhice no mundo, eu me cubro de santidade.
Reunidos em estardalhaço, no propósito de pedir desculpa.
Pois se atrasou pra chegar mais cedo, esperando ter mais tempo.
Agradou aos aldeões e que dos males nada tinham culpa.
Caiu a lágrima no lenço, que aguardava desatento.

Agora sorrio atravessado, um amarelo meio amargurado.
Pensando altivo ser esse aperto no peito só alerta.
Querendo estar errado que teu erro foi só descuido.
Pois minha santa não tem andor, sequer e quiçá carregado.
Tendo uma ponta de arrependimento a gente até releva
Mas fazendo sofrer quem a gente gosta, ah, ai é demais... é muito.

3 comentários:

  1. De certa forma sim, todo ser humano é um ser pensante, e se pensa tem a capacidade da mente de inovar. Penso que na vida não há coisas erradas diante da consciência, acho sim, que pode gerar consequências, mas erros não. Agora diante da tamanha consequências, gera sim arrependimentos. Acredito quê, fazer sofrer quem amamos sim é terrível. Agora fazer sofrer quem a gente gosta, pra mim é RELATIVO...!!!!!


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  2. Bela poesia.
    Que dom maravilhoso que você tem.

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  3. Olá asterisco, obrigado pelas palavras.
    Obrigado outro anônimo (sem assinatura) Eu fico muito feliz pelo elogio, ainda mais por ser um dom, sinceramente não acho que seja um dom, mas mesmo assim fico muito agradecido e acanhado.

    bjos

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