domingo, 30 de outubro de 2016

Nas minhas orações.

Eu não consigo me ouvir com tanto barulho lá fora.
Seus gritos e o domingo lento me deixam preso ás cinco da tarde.
Eu não quero e nem pretendo entender tudo ao meu redor, pouco me importa se a poeira baixar.
Essa semana foi muito confusa, todas as luzes da cidade estavam acesa, como se deixasse claro nosso medo do escuro.
É que tua ausência, cada vez mais presente, parece filme dos anos oitenta, quando se fecham as luzes e se apagam as cortinas, só vemos um acenar de mão ofuscado.
Quem nunca teve angústia e inquietude, ao se ver sem ter pra onde ir?
Qual de vocês não percebeu que qualquer rua que andava nunca dava em nenhum lugar e se sentou sozinho na praça vazia.
Essa semana vou buscar mais forças e quem saber me preocupar menos com meu estado de espírito, para que as tardes vazias de domingo sejam preocupação do tempo e não minhas.

Disse isso, terminou suas orações, prometeu para si mesma que nunca mais iria se sentir mal ou esperar por alguém que nada espera, pegou o cobertor e foi dormir às seis da tarde, de um domingo que teimava não terminar. E ela tinha, ainda, muito o que dizer.

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