quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Difusão

Mesmo que teus olhos jamais encontrem os meus, e mesmo que os dias entristecidos entardeçam tarde, tudo isso não faria sentido se não fosse esse teu sorriso solar.
Vejo atrás de teus sonhos montes e neblinas, esse olhar de menina que declina e desloca minha retina, para toda essa distância.
Não te conheço, não mais, com letras e arrependimentos debruçamos sobre os joelhos, nas terças feiras mais cinzas do ano, nos pores do sol mais vermelhos. Baixo a cabeça, pois o tempo, a dor, a saudade, a tristeza e o destino são invenções humanas, mas nem por isso não deixam de doer.
Nem sequer quero decifrar todas as sombrias e dementes preocupações da sua alma, mas que possa, ao fim dos dias -dos quais mais nada espero- florir a certeza de que nem tudo precisa ser assim tão... tão... concreto.

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