quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Aquários e aquerelas

CUIDADO: PALAVRAS SOLTAS.


Não há rima que aguente, métrica que suporte um coração transbordando de qualquer coisa.
Toda coerência se esvai e vai jogando no papel tintas e borrões, tal qual este que marca minha vista.
Me fez visita o limbo e o enredo, da mais profunda e insensata distância, quando me envergonha nós e atitudes. Quantos dias eu mesmo não irei poder me ver no espelho tentando me desculpas ou desdizer aquelas coisas que, pode ter certeza, jamais queria dizer. NÃO SENTE AO MEU LADO, siga seu rumo falando alto, incomodando meu juízo, dia e noite sem dormir, mas não volte a sorrir, não se despenque ao longo, porque se algo acontecer, eis que sim, tudo isso me dilacera e consome.
Mas é isso, as coisas dão errado assim mesmo, é o certo. Como havia te contando a vida tem uma matemática incerta, tem dessas coisas, diria alguns.
E se você visse meu choro e desespero querendo renunciar aos meus sonhos e a própria vida, não sentiria remorso ou pena, se você visse quanta angustia ainda resta e sobra, ainda teria olhos inquisitores, tens toda sua razão, fostes um véu sem rasuras, deixe minhas lágrimas, arredias, mas sinceras rolarem, são mais de torpeza por não conseguir mudar do que qualquer outra coisa.
E sobre te perder? Já nem sofro... Nunca fostes minha.

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