domingo, 24 de abril de 2016

Sua falta.

Não posso deixar que se despeça de mim, que se despedace assim.
Sem a sombras paradas e as gaivotas batendo asas no céu, meu infinito é precoce, tão quanto uma abertura no céu.
Me vejo estranho daqui de cima, mas me vejo rodar solto pelo ar, luzes e perguntas difíceis.
Encontros cartesianos nas rosas do vento, prumos e moinhos nas naves espaciais, e todos nós temos um defeito, ou vários, ou sei lá o que.


De vez em quando eu dou um passada lá, converso com as árvores e as pedras, faço as pazes com meu passado, saiu com dever cumprido.
Não é sempre que eu me recordo com nostalgia, ou que finjo estar tudo bem, mas quando posso me controlo e não demonstro interesse.

Ponho no caderno poesias sem sentido, alguns destetam, outros não tem tempo pra ler, mas eu sigo afoito e tranquilo, fingindo gostar e saber do que digo, mas quando eu duvidar de tudo que vivi até agora, lembro que hoje, estou vivo e olhando para o futuro, mas não de olhos fechados para o que passou.


Amanhã é outro dia, hoje é o mesmo dia, ontem nem sei... Mas eu, Eu não sei absolutamente nada dessa vida, por mais que eu esteja dizendo que sei o que fazer.

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