segunda-feira, 23 de maio de 2016

Onde se escondem as dores.

Tuas faces e enfeites, fontes falidas de frentes de guerras intermináveis.
Se passas e pensas a vida inteira em desventuras sem a presença da amada.
Eis que escondes nos cílios e os sonhos as sortes que despontam nas piores manhãs de segunda.
A flamula vagabunda que faz enfeite tem teu quarto, no mais amargo teor de saudade.
Coroando tudo que se foi em tua vida, rainha das desilusões, que o medo de esquecer e deixar o medo
Fez com que o amor de toda uma vida, voltasse da esquina, com agouro de se aproximar.
Se o mundo lhe fez e se faz diferente, de repente, no batente dessa escada, com toda tua descendência, já vida feita, sem receita para o sorriso que travou na lembrança.
Ainda já juventude, e por isso perdoa os demais, aceita os de menos, deixa cintilar o som do silêncio, pra que algum dia, qualquer dia que seja, não se arrependa, ou pior, que nem mais consiga se lembrar porque é tão triste assim.

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