quarta-feira, 7 de abril de 2021

No morro do santo cristo eu chorei

 Os tropeços no trópico faria capricórnio ter pena. 

O mundo zen do zodíaco está no céu escuro que você queria.

Nem coragem, nem gratidão, apenas havia um fotógrafo a desenhar teu sorriso; não estava só, não  ali, não  naquele momento.

E há quem prefere  viver as dores no papel e os amores no próximo carrossel.

Sei que não se lembra, mas a tenda que falta, faz falta a esmeralda e a fortaleza, imensa certeza que as bruxas estão servindo comida, quando um artista  de rua pinta uma lua com o dedo.

Olha o frio no chão, os caroços espalhados, e um rastro líquido no chão.

O que não se cansa, na rima onde tudo se vende, máscaras e canetas.

O mesmo motorista que me guia, entrega o troco, as mulheres nas ruas não têm vergonha, os homens menos ainda...

E por tudo, por tanto, por infinita  mágoa... os remédios entregues no apartamento são os que não saem da minha cabeça, o motivo e o vetor de tanta dor, paradoxalmente, o doente nunca quis se curar

E será que sem ar, na serra ou no mar eu terei paz ? Que a vitória será dos desolados e onde deixou sua fala eu estava em presença?

Onde havia a maravilha eu era a verdade?

Se em nós habita animais, nada mais do pão e sangue...

E por fim e para sempre fim: dessa vez um homem vai montado em seu cavalo e, infelizmente, ele não está  sozinho.

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