sábado, 4 de setembro de 2021

Menininho

 Você sob os telhados, como um gato livre, em que a dona insiste em procurar: menininho levado de cidade do interior, some de dia e a noite volta como se nada tivesse acontecido.

Em troca do teu olhar reprimido, afago e compaixão. Nos olhos de sua mãe um lágrima corre silenciosa, mágoa exposta de quem de longe só pode chorar.

Aventureiro e impaciente, sobrevivente ao brilho das estrelas e do luar, filho ideal de ideias e carícias, de plumas, penas e pelos, vivendo pelos becos.

Sua cabeça baixa, algo por dizer, sua fraqueza e medo, não nos fita nos olhos, não se alimenta. Não é mais um menininho, maltratado por mim, mas feliz enfim… é apenas um sem tempo… de viver, de sorrir e de te ver.

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