sexta-feira, 17 de junho de 2022

O silêncio das palavras

E tua mensagem foi clara, a dor que nos dilata, a infecção que preenche tua casa veio do nada, e se instaurou desde outros tempos.

O sol castiga o caminho de terra, mas dormiu distante, sinto tua presença, mas não sinto teu abraço.

Teu grito de ajuda, e meu desejo imenso de estar ao teu lado, talvez o vencer da tua vergonha, ou pior, talvez sua raiva imensa de mim… Não tenho mais culpa por isso, não passo mais por essa situação, mas ainda resta algo que como se passasse.

Teu arredio e pudor de falar, de algo que já conheço tão bem. No mais louco entendimento, no mais pouco sendo: nos unimos nessa solidão.

Olho teu sorriso no colo, não choro nem me desespero, sei bem o que quero… seja como for, da forma que for ( sendo útil, protetor ou sei lá) o que realmente quero é para sempre orbitar em sua lua, pois a vida passa e eu não sei pensar nela assim.

Os segredos que toda mãe guarda, o amor imenso pelos filhos e as falhas assumidas e da parte dos que partiram, não faço só por ti ou só por mim, mas por tudo que também já passei.


E por fim, depois que tudo estiver bem… te amo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário