sábado, 20 de fevereiro de 2021

No segundo dia

Não há parede ou escuridão se minha mente é refúgio, muito embora não haja luz e janelas também.

Se de tudo que eu fiz e planejei não é  argumento dos meus sentimentos; nenhuma palavra ou gesto o será.

Tenho teu perdão e uma saudade, um retrato exposto expondo solidão. 

Mal de quem ama e se cala, também de quem não tem explicação; se perde a fala ou afaga o coração, tua dor não é pra mim indiferente.

Talvez as coisas estejam fora de lugar, talvez eu esteja sufocado e sem ar, pois o suor e apatia me corroem como menino esperando a hora de chegar a hora.

Já fui errado, e tenho aceito meu destino, reconheço meu pesar e isso é suficiente, pois fico a cargo do destino fico sem medo do futuro, ainda que na dor haja desatino, de verdade ainda fico reticente. 

Na sentença malagouro de quem não quer aquilo, aceito e acato o ultimato das minhas próprias escusas. 

Guardei  as lágrimas para os dias de tristeza, e hoje não sei qual seria o dia.

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