sábado, 12 de fevereiro de 2022

Aquarela do teu cabelo

 O vento que passa na janela esfria minhas lembranças… e ainda que a rima seja pobre, lembro do meu tempo de criança… 

Das tardes e temores, dos frios e dos tremores que traziam outras janelas e outros ventos.

Da minha casa eu via preso o mundo, hoje por isso, talvez, prefira meu lar, talvez por isso eu queria o mundo mais quieto.

Ao meio dia conduzia meu corpo fraco ao solstício dos anos que logo se acabariam.

Aos sábados, eu tinha um ponto inerte, um lugar hostil e distante, um canto que eu me sentia feliz.

Domingo, melancólico e finalista, tinha no por do sol meu regresso.

Na segundas da minha existência: eu me arrependo e aprendo que se arrepender não adianta de nada.


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