terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Adoro esse texto, e fico feliz por ter feito

São sentidos...

Os medos mudaram as cores do quadro, rabiscaram na pintura a íris dos teus olhos, e o desejo de que tudo fosse como sempre foi. E cada quadro é um quadro diferente a depender de quem olhar, e as cores vivas, ficam mais vivas com lágrimas por cair, borra toda a tela, saltam e invadem, borrando toda maquiagem, cuspindo vertigem de saudade nos que passam sem nem notar.

Se desconcerta sentada no banco do ônibus, faltando espaço no campo aberto, não cabe dentro de si, e eu atrasado, reclamo do relógio, e os dias me sufocam, me apavoram, pois a saudade é maligna, aparece quando você some, e de vez em quando, se esconde no pano, do teu vestido, quando sinto que é chegada a hora de partir.

Perdemos um pouco de nós, e fomos catando qualquer coisa, preenchendo essa falta, e agora a sujeira que puxamos, damos por ser parte própria, mas quem era eu, senão um completo vazio de ti, e me contentava assim, reclama nada ou quase nada, hoje amargado, amarguramos a soma do que completamos, dessa enorme falta de ser a gente...



Quando o beijo, vi tua face cair, teu queixo tremer e olhou pra mim, procurou abrigo, era aquele amigo, sem poder acreditar, fica bem, eu sei que viu, mas seja lá o que for lá, aqui sou eu, prometendo que jamais encontrará brisa ou vento quando quiser apertar minha mão... E quando quiser chorar, vai dividir o caminho da lágrima comigo, quando ela sair do seus olhos, percorrerá também metade do meu rosto..

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