sábado, 18 de fevereiro de 2017

Volunta

Vou te ouvir no teu silêncio, compreender teus piores momentos, mesmo eu distante até mesmo daquelas horas mais incomodas.

Passa um rio nas tuas costas, passa as cenas opostas, do céu de promessas não cumpridas.
Você deveria acordar mais cedo para ver o sol se por, ou se por no meu lugar.

Queria saber como andam teus olhos, como começam teus abraços, como lacrimeja teu corpo, que desmancha molhado nos rodas gigantes tão pequenas no meu olhar.

Gozamos a vida no mesmo tempo que apertam nossos corações com preocupações tão infantis, e o suor dos teus olhos pareciam lágrimas sinceras.

Vou eu contar os contos com finais sem o menor sentido, vou cantar a quimera louca e descabelada que me fala do tempo que a gente era adulto.


Por um minuto vi o vulto do passado que era só tarde e turmalina, era a coisa mais linda não ver o tempo passar,

Por um breve instante solto e empoeirado na estante os standards da nossa vida; saudade, amor e remorso, disso exatamente que vivemos.

Por mais que o tempo passe e da gente restasse uma foto amarelada, eu ainda consigo cantar as mesmas canções, totalmente fora do tom, do tanto que eu gosto do som dos meus lábios a te falar: que foi bom te ver, nessa saudade e surpresa, de que teu abraço de final de ano faz todo o sentido agora.

Vivo no luto de que não morreu, me disse ela ao som de coração selvagem, e eu? Ora meu amigo?

QUE FAÇO EU DE MIM?  se nada me contenta e me distrai? me destrói dela nada fazer para que ela veja que de nós eu gostaria de fazer a mais bela poesia desse ano.

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