segunda-feira, 20 de agosto de 2018

No meio de agosto

Andei sem prestar atenção nas coisas, com certa pressa e sem saber direito o que queria.
Claro que havia essa confusão em mim, mas não é como antes, ainda tenho paz e certa alegria.
Não aproveitei muitas chances que tive, e a vida não tem piedade, e eu sempre quis que todo o mundo soubesse que dele nada queria e nem esperava.
Estive com o coração em pedaços, sem querer saber o real motivo, inventando as mais diversas mentiras para maquiar as frases de um anjo sem chão.
Eu ainda sou pequeno e sei que tudo é sem sentido.
Eu ainda não me vejo sozinho, tampouco perdido.
Quase vejo o infinito quando tudo acaba, quando acabam as palavras e a gente não tem o que dizer.
Soube que chorou e isso me fez chorar também.
Mas a vida tem dessas coisas, e é por isso que a gente precisa tomar cuidado com nossa alma, para que cedo ou tarde entendamos que a vida não é fácil de entender.
E se havia um céu,melhor eram dois céus - Ceceu - que recebem mais um anjo, que talvez nem fosse a hora, mas meio que sem demora fez morada em uma nuvem, enquanto o sobrenatural está em festa, aqui, a gente discute 'como isso pôde acontecer?'. Não há qualquer palavra que possa haver ou dar consolo, o tempo passa e é cruel, mas sei que teus amores verão, em cada pedaço do céu teu sorriso brilhando.


Essa poesia é dedicada a uma pessoa que se foi, qual eu não tinha muito intimidade, mas sei que alguns tinham e saber que pessoas que você gosta estão sofrendo nos faz sofrer também.

A morte algo tão sem explicação que eu não sei escrever sobre ela.


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