domingo, 6 de dezembro de 2020

Um ponto

Há  uma flor invertida em teus braços, no seu sorriso, sarcasmo; a alma e as águas caindo ao teu redor.
Um anjo escondido no ventre, dentre os mais iluminados e especiais.
Não me contaram histórias, não herdaram meus propósitos, quem podia achou outro caminho  que ninguém esperava.
Eu já sei que já  nem quero, admito que o que me incomoda, me incomoda... Não  sou de explicar, prefiro ir embora, e claro que se não estou bem, não luto além, estando em casa os monstros lá fora não me enchem os medos.

O silêncio  solto e sacro é  só mais um modo  de dizer.

Orei ofendido aos cães da rua, o vinho seco e tua foto empoeirada renderam-se aos desolados da cidade.
Perfeita simetria entre o descaso e a sinceridade, num pacto pobre, podre, de igual, mútuo incomodo, se como todos ali soubessem do cheiro.

O sono é  o que me impede de dormir.
A felicidade de sorir.
A vontade de ficar de ir.
A certeza de volta de partir.
A mesma hora de me despedir.
O teu ser de ti.

Agora era hora de ter paz, mas eu ainda sou humano escravo: meus desejo, romances e certezas me impedem de ser racional.


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