terça-feira, 3 de abril de 2018

Seu João e a praça vazia

Hoje me lembrou ontem, tão sádico e cínico; Todos nós perdidos procurando uma solução.
Bem verdade que as trevas não se misturam com a luz, mas isso não induz os olhos verem o que há dentro de cada alma, calma.
Sentada sozinha, um vinho e falta de atenção, qualquer mesa escura perto de um aquário e os trovões dentro desse bar, era uma selva e eu não sabia.
Tão apressados ou tão espertos, não pagamos, e os sorriso de aventura, onde se perdeu a embriaguez da distância e do choro? Era pouco para nós toda aquela felicidade... Por fim, ela preferiu não falar desse assunto; tinha que estudar e viver sua vida até morrer com um peso enorme no peito.

Vai vir na mente o nós, que desata a chorar, vai vir na lembrança o pós, contras e depois, qual de nós dois que fez primeira morada em solidão.
Mas amanheceu mais forte, quando um rangido nobre, teu rosto suado fazendo neblina no espelho. E os gritos, as agonias, tudo isso fazia parte do meu dia, agora é só vertigem e poeira que esquenta o asfalto.
Por quase tão pouco eu mesmo me falto, colhendo as pedras do calçamento, fazendo ranger o silêncio outrora acabado pelos pássaros irritantes de tua janela. Mas eu iria te ver, qualquer sinal que fosse, sem palavras coisas assim, apenas um "pode vir" e eu já estaria aí, para que nada mais fosse, nem futuro nem passado, só o instante que os bancos da praça deixassem de chorar nossa ausência.
Por fim, o velho levantou-se fadigado, bateu a poeira em seu velho quepe de jornaleiro, deu meia volta, viu o mundo por inteiro, despediu-se da praça, disse que nunca mais retornava, mas baixinho disse "até logo".

10 comentários:

  1. Lá onde o vento vai dar
    Onde a nuvem beija o mar
    Onde fica o fim do mundo
    Onde o escuro é mais profundo
    Eu estou a lhe esperar
    Onde a pálpebra aconchega
    Onde já fechou o bar
    Na esquina da alameda
    Na virada da vereda
    Eu estou a lhe esperar
    Água venha, água vá
    Arda lenha, cave pá
    Chova chuva, vire curva
    Gire roda, quebre mar
    Mude moda, sangre ringue
    Pia pingue, ferva chá
    Rua muro, role pedra
    Mude lua de luar
    Vou estar numa parada dessa
    Estrada a lhe esperar
    Eu estou a lhe esperar
    Todo dia, toda hora, em qualquer lugar
    Eu estou a lhe esperar
    Todo dia, toda hora, em qualquer lugar
    Eu estou a lhe esperar
    Quando é que você vai chegar?

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  2. Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia
    Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
    Viver a divina comédia humana onde nada é eterno


    Porquê o teu inferno é o meu céu.

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    1. Foi a mesma pessoa de cima? Amo Belchior!!! Já sei que não vai dizer quem é ¬¬ rsrsrs...

      Qual meu inferno?

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    2. Creio que não somos a mesma pessoa.
      Quem não ama BELCHIOR ? rsrsrsrs
      o seu inferno ? hahahaha

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    3. Crê? rsrsrs vixe. Muita gente não ama. Sim, vocÊ disse lá que o meu inferno é seu céu. e Qual seria meu inferno?

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    4. realmente, muita gente não gosta.
      Resumindo, seu inferno é um suspiro.
      É a unica coisa que posso comentar,o resto você sabe.

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    5. Suspiro? Então seu céu é um suspiro? o resto eu sei? sei de nada

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    6. hahahaha
      Se você não sabe,que pena!

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