domingo, 1 de abril de 2012

Acomodado

Ela se deita comigo, lembrança. Ela me abraça, esperança. Que a noite termine logo, e que eu sempre me lembre dos dias que pouco me recordo. Não mais choro, e com os momentos ruins, posso sorrir.    
    Sou obrigado a reconhecer que as pessoas se escondem entre os afazeres do dia, mentem sobre seu tempo e suas ocupações, dão desculpas para não viver.
    Quanta gente mente, foge e maltrata os outros, e desde terça o aperto no peito me sufoca, e não há lagrima ou letra que alivie.
    Não estou bem, em condições de ouvir, refletir e discutir, ouço tudo,absorvo tudo e não contesto nada. Se estou certo ou errado é irrelevante, quem convence melhor e tem mais que pode seguir em frente.
    Quanto tempo perdi esperando as pessoas mudarem, voltarem atrás, mas percebi que o tempo me foi útil, sei que poderia perceber isso no primeiro segundo, mas demorar de perceber me deixo tênue a isso.
    Me sinto cada vez  mais barroco,dando o troco em quem merece,e eu mereço também.
    To me sentindo estranho, arranho um ar na garganta, vontade louca de chorar, mas ainda não choro, espero um motivo concreto,que o resto o destino se encarrega de estragar.
   

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