quinta-feira, 2 de março de 2017

Quando der 12.

Olhei o relógio e pensei:

Quando der 12 em seu relógio repudie a ingratidão e a falta de compreensão.
Assim que chegar o horário no meio de junho lembre o tanto de caminho que percorri para estar perto.
Quando o tic-tac for o único barulho da sua casa-solidão- imagine então que todo esforço contido nas palavras de saudades foram verdades incontestáveis: mas há não mereça e reconheça!
Os erros existem, assim como os acertos, mas as estrelas brilham para compensar o escuro do céu.

Quando der 12 se aproxime do batente da porta, olha rua vazia, veja o muro pichado que ficava no caminho da tua casa, pintaram de branco, e eu mudei de caminho, é domingo-solidão- já não te conforma a cama na vertical, meu peito está preso no horizonte da minha alma, mais calma e solene.
Nossos encontros eram sempre por conta das chaves perdidas, das bebidas e dos desgastes.
Você me encontra sempre por aqui, mas eu não tenho qualquer noticia sua, corre a rua nua, pela tua estrela guia.

Quando der 12, vai sentir inquietar o calor do quarto faz, me catar e me calar, no centro da sua lembrança, me concentro nas minhas distrações. Eu ouvi tua voz no outro quarto, e quase parto em direção ao som da chuva. Nessa estrada todas as curvas são homenagens a nossa distância.

Quando der 12, seja qualquer hora que for do dia, e essa sua agonia se transformar em saudade e incompreensão do passado e quando a amargura travada no meio da garganta for vontade de chorar, assim que as lágrimas vierem e molharem seus olhos, como lago que seca aos poucos, e sua voz rouca quis só gritar, você sentirá que o que menos importa é o passar do tempo, quando a gente não sabe onde se encontrar.





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