terça-feira, 26 de abril de 2011

Profetas de um novo amanhã


Quase uma da manhã, além do gosto ruim na boca só o amargo desgosto no peito.
Não me sinto a vontade pra contar verdades que ninguém quer ouvir, meu próximo desejo é meu mundo. Não se importe com meu pranto, pois isso é problema meu, ainda que seja por causa do olhar teu.
Vai ai um texto antigo que pedia pra ser publicado:
"Assisto cansado meu melhor domingo de descanso, suposição minha essa de folha em folha, todas caindo no mesmo chão. Eu parado, bobo, admirando a coisa mais simples para uma árvore, e mais folhas caem, e meu domingo passa, entre essas flores e a queda no chão, de repente paro e penso: Falta algo nesse domingo! Mas o que será? Sei lá, hoje é meu dia de descanso, e não canso de repetir, nada pra fazer é o que quero. As folhas caem sem saber que caem, ou , porque caem, apenas caem. Esboço uma reação tímida, de levantar e ir pra qualquer rua, esquina, bar e procurar por uma folha que caia comigo. Não encontro nem amigos, nem a tal força de vontade para a reação, a essa hora frustrada por outra folha que cai. Do nada, por alto das quatro da tarde fico de saco cheio de folhas, ai sim, agora sim, agora enfim levanto! É a reação? Não! Começou a chover, e eu penso comigo, "Flor, acho que preciso mesmo de você". Mas só me preocupo em não me molhar, e por que não te liguei? Esperando você ligar! Penso, de novo, comigo mesmo, e se ela só não me ligou esperando a minha ligação? Fico pensando nisso horas, disco o numero , apago, brinco com as folhas molhadas, disco e apago, ai do nada, acaba meu domingo. E eu bem que podia ter ligado!"                                                  

                                                    ( data inexata, mas é algo antigo)

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