domingo, 1 de maio de 2011

A primeira hora do dia


São tantas coisas pra dizer, nada realmente importante, mas vamos lá;
Primeiro, sei que o destino é pior sacana que existe, normal, também me acham assim.
Pra muita gente o “104” é só um número, pra mim é um símbolo de azar, dadas as demais circunstâncias, sei que não há nada de errado com tal numeração, mas, vejo que ela tem um significado singular, me afasta e retira as pessoas. É como droga, no começo é bom, aliás, no começo é maravilhoso, mas depois, inexplicavelmente, não sei como se torna ruim.
Voltei a uma rotina estranha, reencontrei  um lugar que foi bom, acho que é um dos poucos que ainda restava, foi estranho, foi difícil, mas foi contornável.
Garotos se esquecem, e sei como você se sente, pois eu agora me sinto assim, e antes de não me sentir pensei que se importava, mas como hoje não me importa sei que não está nem ai.
Garotas são stress, não sei como mente, pois agora eu minto assim, depois de não me sentir imaginei que tudo se contornava, porém como ontem não me importo, sei que está ai.
O estranho foi a trilha que se ouvi. Serei um bom perdedor

Poema  feito a primeira hora do dia:

“Entramos pela porta errada, da casa certa, meninos brincam a beira da calçada, meninos menores se jogam água, mães em conflitos, espiam seus filhos, na varanda, pais em distancias vigiam sem poder. O dia já raiou, o dia da nossa mocidade, o sol apareceu e brilhou forte na manhã da minha juventude, como brinquei, corri, pulei, escondido no fundo da casa fiz coisa errada, na frente também, e dentro, enfim, coisa errada; sempre fiz.
Me deixou o erro sem reação, mas meninos erram sem precisar pedir perdão, a aurora dos meus dias é permanente, como chegar de repente, boca noite, como uma açoite, arrancando um lindo sorriso teu. Ah! Como é cruel o passar do tempo, que tira de mim as lembranças, daquela época boa, que qualquer sorriso atoa me fazia sorrir. Sorrindo ou chorando a verdade é que cada passo em falso foi sincero, cada gesto de desespero foi irracional ao ponto de não fazer sentido algum, tudo isso pra provar que sou menino, crescido, decrescendo, “desvivendo” pra um dia poder dizer que realmente vivi.”

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