terça-feira, 16 de junho de 2020

Sobre São José

Acredito que o dia pode não nascer, mas sei que as palavras que eu quero ouvir são sinais.
Só quem vai a luta pode ser vaiado pela derrota, mas cuidado a gente pode não suportar a derrota.
Tenho seu rosto no pensamento e não mais suas fotos e poemas... existe uma ponte que nos liga e nos separa.

Já a música que ouço não faz sentido, e tudo que estou sentindo faz parte de uma dor inexplicável.
O mundo é triste e eu estava alienado, pois tudo que tenho e tendo tudo, faz meu vazio ser completo e imenso, tão cheio que me abandona o sentimento de querer estar bem.

Olha, eu sei que você pode não querer me ver, nem hoje e nem nunca mais, aliás, parte de mim essa sensação.

Somos livres para errar, a partir daí ficamos eternamente presos a nossos erros.
Somos enfermos, doentes e doentios, aterrorizado pelo arrepio que dá à noite.
Somos o açoite da noite abandonada e perdida, no corpo gelado e do medo.
Somos segredo que queremos contar, mas não saem pela boca.
Somos o forte e a forca, candidatos ao cansaço sem sonho e hora pra voltar.


Veja bem, repare em todas estas ruas e histórias, todos os lugares que pisamos, mares revoltos, casas com pouco espaço, quadras e quadrados, cavalos e motocicletas, tudo mudou e nada voltará.


Por fim, peço desculpa por não conseguir seguir em frente, covarde ou intenso, dramático ou melancólico, eu só sei que não tive escolha:  Amei quando errei e ainda amo quando nada tenho.

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