terça-feira, 30 de junho de 2020

Posto de gasolina





A manhã me fere e me foge, é o destino o mentor das maldades, mentiras e  devaneios.
A história (de vinte anos ou mais), das cartas bem escritas, das respostas difíceis, e do medo de se arrepender, da solidão e do trânsito confuso; Parece que nunca sabe o quer, mesmo sabendo exatamente o que quer. 

Minto pra mim mesmo sempre que posso e sempre que o dia nasce.

Passos contidos e marcados, ao lado: avenida e verdades, uma placa que diz "pare", mas não só o carro: A VIDA. O som das tuas palavras e do quase choro do meu sorriso. Não faz sentido... Fugimos de nós mesmos só que pela mesma direção.

Quem corre de olho fechado não reconhece o caminho.

E a cabeça não raciocina com o coração, nem poderia; quantas decisões racionais e corretas ainda deixam o coração inquieto? É porque, pois, o coração não se preocupa com o passado ou com o futuro, nem quer ficar em cima do muro, o coração quer o que quer, ainda que não seja o melhor. O que sempre nos deixa nesse mar de tristeza é: Ouvir o coração e aceitar o por vir ou ouvir a razão e aceitar o por vir? O que prefere? Coração em paz ou sensação de ter feito o correto?

O cadeado que impede de alguém sair é o mesmo que impede alguém de entrar.

Guarneço em meu peito pétalas de canções inacabadas, andarilhos e estradas, que fizeram morada num dia qualquer. Já que estamos no tempo da solidão, todos temos tempo e confusão. Não é sobre tudo que perdemos, mas sobre tudo que temos. 

Um novo recomeço para o final que nunca existiu.

E o que pensam os outros, que não nos importe, se entraremos de mãos dados ou de cabeça baixa, já que as palavras do homem de Deus nos une e nos protege. Dividiremos a mesa farta e as falhas (destino distante). 

Por que em muitos casos a solução é fácil, mas ao mesmo tempo dolorosa e inatingível?











Um comentário:

  1. Uma das mais lindas que já li. Parabéns, você tem um dom. Não pare de escrever, adoro vir aqui e ler.

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