quarta-feira, 10 de junho de 2020

Carta aos sinônimos.

Naquela cidade que respira solidão eu me calei, pouco me amei quando estive vazio em mim, e mesmo em toda verdade dita; isso não deixa de doer.
Não quero despedida e desculpas, nem saber de teus olhos marejados, pois tenho em cada canto um pedaço dessa história.
Ouvi horrores e canções,houve medo e decepções, mesmo quando fiz de toda segunda feira um dia a mais, quando entreguei flores e canções, quando não encontrei teu rosto piedoso no estacionamento lotado.
Eu era todo domingo triste e cinza, eu era a janela fechada.
"Quantas vezes chorei vendo o telhado de sua casa da minha sacada" e fotografei o céu carregado, mesmo incomodado com meu peito ardendo.
Mas não fugi, nem nunca desisti, estou só sem espelho e poesia, mas amanhã ou depois, eu vou ter menos motivos para escrever e mais motivos para amar.

Por isso: ADEUS, com toda dor e saudade que essa palavra carrega.

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