sábado, 13 de novembro de 2010

A verdade é que depois de tanto tempo, ainda me lembro...

Eu conquistei a confiança de uma menina e isso era a pior coisa que eu podia fazer com ela.

Então, resolvi, seguir em frente, não importa onde você esteja, se vai ficar ou vir, não importa, talvez você esteja ainda pensando no que aconteceu e porque aconteceu, mas não vamos nos ater, até porque a vida é assim, piada sem graça, pergunta sem explicação, acho que aquela velha pergunta que fazia pra todo mundo, menos pra você, por medo da resposta, caberia agora "Será que daqui a trinta anos, vamos nos lembrar um do outro?" Não responde não, talvez eu fique com isso na cabeça e acabe não esquecendo. Ainda lembro da rua, da casa, da calçada, do meu passado, das lembranças e enfeites, dos presentes, tudo bem guardado, as vezes é estranho como a gente consegue chorar com as boas lembranças. Eu ainda sou uma criança, mal criada, esperando a hora de ir pra escola, com a mochila nas costas, com saudades dos amigos. Eu ainda sou um preocupado com o meu futuro, que espera um abraço de qualquer estranho, eu ainda sou um jovem promissor, ou um velho sem esperanças, sou um menino de cabeça baixa, no sol quente, na estrada de areia, com uma flor na mão sem saber pra quem entregar, antes que o sol e suor da minha mão estraguem essa beleza.

Eu conquistei a loucura de ter saudade do que nunca foi meu, conquistei o egoísmo de achar que amanhã estarei vivo, que quem vive achado graça em tudo é sem graça, eu assim, olhando tudo e dizendo " por mim" Ah como eu fui, sinto saudade, das tardes, das vozes, das lágrimas. Vejo a felicidade e custo a acreditar que o tempo passa tão rápido,é tão sádico, custo a acreditar que até ontem eu pensava diferente, custo, mesmo, a acreditar que podia ser que nunca tivesse escrito isso, ou pior nunca existido a intenção.

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