sábado, 12 de novembro de 2011

Breve poema de quem nunca deixou de ser menino.



“Cavei o chão pra encontrar minhoca, a velha da boca torta repara a descontração. Chão revirado, do cacau re-pingado, em doce açúcar de café. De manhã na praia, ou no velho coqueiral, não há chão que tenha mais minhoca, e a boca já torta, repara que tanta reclamação. Ta chovendo e não posso ir pra fora, não entendo de chuva não sei se ela demora, mas fico de cara amarrada, que a chuva tapa o chão que cavei em uma hora, e a velha da boca torta rola de tanto rir, repara que perturbação. Me reclama, diz “anda, caminha, agora, ligeiro, vai dormir” E eu vou , sem querer, emburrado, dormir ouvindo o barulho da chuva no telhado.”


Resolvi voltar, a pedidos!

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