Sem poesia ou metafora

A raça humana é que bate no peito e diz fazer coisas maravilhosas, mas maravilhoso aos olhos humanos é construir mega prédios, mega loucuras, para as abelhas não há nada de maravilhoso nisso, olhos pequenos que se maravilham com mel, simples, doce e útil.

Temos a mania de construímos para nós coisas que em seu todo não tem utilidade, sejam coisas materiais ou imateriais, sentimentos, medos, temores, prédios e aviões, e construir sentimentos também pode ser perigoso, afinal se construímos bombas atômicas, podemos construir sentimentos suicidas. Vivencias são complicadas e difíceis, quanto mais a gente convive com alguém mais essa pessoa se torna simples, diria até que inútil, vai se perdendo o mel, conhecer é perder o interesse, e os que vivem mais são os que se reinventam a cada dia, esperando que o próximo descubra o que mudou, e as abelhas a cada tempo mudam de lugar e o sabor do mel, que colhem de várias flores diferentes.

Saber o que se quer é importante para desistir na hora certa, pessoas que seguem por que é cômodo são pessoas fadadas ao fracasso, pessoas ressentidas e incapazes de se refazerem. Pessoas assim também não sabem a hora de tentar, ficam esperando sinais divinos para fazerem aquilo que devem, e perdem oportunidades.

Corações machucados entendem outros, por isso ao se abrir pra alguém procure saber o quanto ele sofreu, pois nem sempre quem diz “Eu entendo” realmente entende, sua vida é preciosa demais para ser aberta a quem tem o coração duro pelo tempo. E quando alguém se abrir pra você, se o que essa pessoa disser for ruim e você não ficar ao menos com o coração apertado, pare de ouvir, diga que não entende, dê as costas e vá sofrer um pouco mais.

Jorge da Lua Calliu