sábado, 18 de fevereiro de 2012

Não chore perto de mim

Arrumei a estante de livros ontem à tarde, hoje comecei arrumar a minha vida Encontrei dificuldade, lembranças e poeira demais irritaram meus olhos, inevitavelmente, acabei chorando.
Varei madrugadas todos os dias, e tantas e tantas vezes, fiz do dia uma madrugada, mas não recuei, fui metódico, às vezes, mas ainda assim persistente, mas há momentos em que se esgotam todas as possibilidades, e é quando nós devemos cair na real.
Posso fazer as coisas no plano real, me isolar e fingir, mas meus pensamentos ofendem a mim mesmo, e enquanto vivo em outro plano, digo pedras e horrores e você apenas sorri.
Chorando com lagrimas de culpa, ou de vontade, de quem quer e não pode, separado por grades, reais e mentais. OK! Se escolher o mal então, plante o máximo de flores no jardim do teu ser, para que pelo menos as pessoas possam ver por fora que esta tudo bem.
A culpa da capa de metal, que te impede de ver a luz dia é sua, por peito aberto e alma nua, se desnuda mais a intenção de parecer feroz, que as cicatrizes são troféus, bem como atrizes de um teatro abandonado, comemoras agora uma vitoria, sozinha, enquanto todos os perdedores fazem festa, unidos e abraçados.

O mundo da poesia é lindo, mas ainda vivemos no mundo real, infelizmente.

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