quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Saiu de vez.. olhou pra trás e disse...


Você tem uma vida, um momento, e esquece-se dos sofrimentos, seria bem mais fácil se tudo fosse como a gente quer. Seria melhor se nós não precisássemos, amassemos, lembrássemos, seria melhor, às vezes, não existir.
O Mal me olha, e se diverte, o que acompanha o mal, pra mim, é mal também.
Converso pouco, conservo louco, meu peito ardido a flutuar no mar sangue seu.  Não tenho suas fotos, guardo suas poses, exporia para todos quem és, mas ainda há pouca certeza, dentro de mim, de quem realmente seja.
Amor, meu amor, amor meu, em qual momento dessa vida você se escondeu? Esperando acertar, achando que a distancia apagaria dores. Todos os semblantes são de recordações, abraços em braços menores, em intelecto menor, e em vão procuramos nos outros o que não achamos em nós mesmos.

Poema da "falta":

Sóbrios a porta da noite, abraçam o açoite, pra o corpo livrar, se arremessam peito a peito de repente a dor cessa, afinal quem arremessa pedras no seu próprio penar. Se abraçar o inimigo, restando seu bem-estar, eu sei das dores do mundo, cortes ferozes e profundos, de uma mágoa sem tamanho pra resguardar.
Os espertos fingem fracasso, e se abrigam no tempo, andando nas ruas, espessas, apáticas, de prática certa; pisar no chão, ruas de domingo latentes de solidão. Só se sente só quem nunca teve a quem recorrer. Sólidos são os que sentem solidão por alguém que deveria estar ali.
Achei que me alimentaria por tempo igual, mas agora é tempo demais, é desilusão demais, pode o que for acontecer, só não estamos prontos pra sofrer.

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