quarta-feira, 13 de junho de 2012

Arqueiro de pedras

 

Você some e me consome o pensar, disfarça e demora. E nem quis saber o que quis dizer, disse de flores e de dias bons, disse de nós, na garganta, disse que esperava pasma a esperança, disse pouco, mas disse o grito do meu coração, afagado por demais, ninguém ouviu, e passou despercebido o grito, sem som e sem ouvidos.
Safiras e pedras vermelhas empunham minhas paredes, contornos e adornos elaborados para me fazer dormir, quase quando sol aparece, eu, sem fôlego escorro grãos nos dedos,fingindo esquecer os que me esquecem, é lampejo, dilapidado, você em minha mente, quase como raiva, que mesmo eu não querendo, feito desatino, sem querer, ao teu amar declino.
Teu sorriso é mais que motivo para me faze sorrir, mas sem perceber domina a escuridão à noite, e escapa água e nos cabelos, espelho que reflete meus sonhos queestá molhado da chuva, que levou as pedras da rua.
Meu sonho de menino, meu sorriso de menino, minhas lembranças do passado, do espelho coberto antes da chuva, do olhar perdido, até triste, na porta, trancada, vendo a chuva correr lá fora, alagando meu passado, vendo descer ladeira abaixo tudo que serei, e quantas vezes queria, eu, chover lá fora.

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