quarta-feira, 27 de junho de 2012

E mais ainda desta solidão...

Rondas em meu desespero, revelado por não mudar o gelo da face, e percebe distante e sem disfarce, das paredes pálidas dos teus pensamentos, sombreando à minha vontade de estar à tua janela, vendo ladeira de chuva, cidade fria ao longe, casas baixas cobertas de nuvens carregadas. Vejo no reflexo do vidro molhado teu meio abraço disfarçado me protegendo de mim mesmo e mais ainda desta solidão.

Queria passar a chuva contigo, passar a vida abrigo, deslocado em teu conforto-proteção, pressinto perplexo que me faltou entender o nexo de toda essa confusão. Te deixei ir embora, e mesmo sem querer você foi, olhando para trás, e em dias de chuva me recupero mais lento da besteira que fiz, não mais te vejo, e é então quando sei que rondas meu desespero, sinto a presença da tua ausência em qualquer lugar que eu vá e mais ainda desta solidão...

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