quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E quando você voltar...


Foi nada não, senhor, só estou perdido, ferido, sentido e sentado, na porta da sua casa implorando, explorando esperando ela abrir. Não sei o que foi senhor, só ela que não entende descontente não atende, não quer conversar. Sei que faz anos, e todos esses dias foram como uma tortura, pena de morte que se prolonga por toda vida! Sei que é exagero, veio desse desespero, vê só, já to querendo chorar. A vista ta embaçada, a garganta inflamada, não tem jeito pra não desabar. Estou desgostoso da vida, sem animo ou coisa parecida, ela não quer ler minhas poesias, foi embora da noite pro dia e hoje vim aqui me declarar, demorei pra achar o endereço dela “lê aqui. É isso mesmo? Rua do magoa, bairro do desprezo, sem número?” Não precisa confirmar diz só que ela vai ouvir o que eu vou falar. Se for, então vou dizer. “Amor, vim de tão longe pra te dizer, esquece o tempo que se esqueceu da gente, eu não sei porque nos separamos, mas minha serenata hoje é sem canção, sem poesias, melodias ou apelação, prometo não falar mais disso assim, mas me responde... Quer voltar pra mim?”

Um comentário:

  1. Sempre com esse jeito suntuoso de manusear as palavras e fazê-las em labirinto,onde já não é possivel, achar uma saida segura...

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